Resumo: Este artigo propõe verificar os processos de tradução intersemiótica na composição da personagem Muriel Stacy do livro Anne de Green Gables (1908) de Lucy Maud Montgomery, para a série Anne With An E (2017) adaptada por Moira Walley-Becket. Para investigarmos esses processos, delimitamos como corpus os episódios da segunda temporada, O que fomos faz parte daquilo que somos (episódio 9) e O que há de bom no mundo (episódio 10). Pretendemos identificar, na série, quais os principais aspectos de Muriel Stacy que foram mantidos ou acrescentados em relação à obra literária. Para verificar tais modificações, baseamo-nos nos conceitos de Tradução Intersemiótica de Roman Jakobson e Julio Plaza, e nos processos narrativos entre as linguagens com Iuri Lotman, Míriam Cristina Carlos Silva e Ismail Xavier.
Palavras-chave: Tradução intersemiótica. Literatura. Audiovisual. Feminino